Um homenzinho, emburrado, abriu seu caderno de anotações eletrônicas,
teclou um punhado de bobagens, expos – desnecessariamente – parte de suas
emoções desequilibradas.
Como se apanhasse uma metralhadora antiaérea e apontasse
para os dedos do pé direito.
Mandou recados desarvorados, citou nomes, discriminou raças,
cobrou constrangedoramente.
Replicou sua necessidade de afirmação, porcamente mascarada
em denúncia.
Esqueceu-se de entender mão e contramão dos direitos e
deveres.
Simplesmente por não ter o senso estabilizador das emoções
educado para vivenciar situações de instabilidade emocional.
A todos é facultado, por lei, dizer de suas ideias. Como é
imprescindível acatar as regras da sociedade humana, as quais abrem direitos
iguais, deveres iguais.
Todos têm o direito de cumprir seus deveres e o dever de
defender seus direitos.
Logicamente dentro dos preceitos compreendidos legalmente.
Para a bagunça, a baderna e o boato não se tornarem ferramentas de corrosão das
próprias palavras ou atitudes.
Então, o homenzinho esperneou pela rede mundial de
computadores, envolveu um punhado de outros navegantes. O moço, porém, não
abriu possibilidades de as pessoas solidárias ao seu discurso inicial
acessarem, verdadeiramente, o cerne da situação.
Há a necessidade de considerarmos ter acontecido um lapso de
maior sanidade, proporcionando-lhe raciocínio mais adulto e consciente. Foi
quando o esperneante cidadão arrancou, do book eletrônico, as páginas por ele
redigidas na intempestiva grita contra quem já havia iniciado batalha pelas
vias ditas corretas.
Agora, pós frigir ovos da descarga emotiva, é bem possível o
irado rapaz estar menos “fervendo” e mais se martirizando pela atitude, até
certo ponto, muito descontrolada. Ou, de forma menos pessoal, tenha acatado
conselho de algum “anjo da guarda” muito fraterno para que se controlasse mais
e gritasse menos.
Mesmo porque, nestes casos de muita chiadeira, caso haja fumaça, o incêndio pode queimar mais a imagem de quem se põe a gritar como dono da
razão.
Pelo motivo único de, neste caso, as razões estarem em processo de
arbitragem.
Daí, há que se entender de espera e merecimento...
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