terça-feira, 25 de novembro de 2014

SALESIANOS PROMOVEM BINGO BENEFICENTE


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O HOMEM QUE ENGAVETAVA

Severino Baptista (com p mesmo!) era daquelas pessoas incomparáveis.
Burocrata, ao extremo, relutou muito para assimilar a moderna tecnologia da informação.
Até bem pouco tempo, uma antiga Remington Rand, daquelas de cor esverdeada, e uma calculadora Facit, daquelas de girar manivela "pra lá e pra cá", eram suas principais ferramentas de trabalho.
Sobre sua mesa, no serviço, não havia uma folha de papel sequer. Aliás, um bloquinho de folhas seguras por espiral de arame, duas canetas (azul e vermelha), um lápis e uma borracha "Mercur" era os objetos visíveis.
Havia, ainda, um telefonão preto, capaz de acordar defunto quando tilintava.
Severino Baptista, burocrata ao extremo.
Chegava ao serviço cinco minutos antes da jornada, só para ficar no começo da fila de marcar o ponto.
Não gostava de gravatas, pois conseguia derrubar café em todas elas. Devorava café. Se agarrava no tampo da mesa para superar a vontade de fumar. Se olhassem o lado debaixo do tampo da mesa, poderiam observar marcas de unhas, resultado do esforço para se conter contra o tabaco.
Tomava um litro de água pela manhã, outro tanto à tarde.
Não parava de ir e vir, sempre com algumas pastas abarrotadas de papel.
Sua secretária, uma magricela com cabelo em coque, não entendia o tanto de vezes que Severino lhe pedia para despachar papéis. "Pega a assinatura do chefe, manda para o Jurídico... Depois, pega a assinatura do chefe nestes daqui e desce para o Financeiro... Não gosto de papel parado! Tem que circular", determinava sempre.
Engraçado, apesar de toda essa aparente dinâmica, Baptista era sempre procurado por seus superiores, os quais indagavam sobre uma ou outra providência ainda pendente. Eram mais papéis.
- Muito trampo, chefe! Nem saí para o almoço hoje! Estou correndo, para atender os pedidos e cada vez chega mais...
Sempre tinha, na manga, uma justificativa para a ausência de papéis importantes e inadiáveis.
Certo dia Severino Baptista "caiu do cavalo".
Dentre todos os papéis pendentes, segundo seu superior hierárquico, havia um muito importante, o qual Severino não encontrava.
Correu todos os departamentos, pessoalmente, à caça do danado papel.
Rodou o Administrativo todo. Em vão. Papel sumido...
A magricela com cabelo de coque, morrendo de medo, dirigiu-se ao chefe e pediu permissão para ajudar na procura.
- Veja o que você consegue! Eu não deixo passar nada, mas não acho esse danado papel.
Aureliana Secco, a secretária, puxou a primeira gaveta da mesa de Baptista. Parecia que um vulcão entrara em erupção... Voaram papéis para todos os lados...
Quando a chuva de documentos cessou, a moça de cabelo em coque, ajoelhou-se no chão e resgatou, debaixo da mesa, a folha verde azulada que o diretor queria.
Seriamente estendeu o braço em direção a Severino, o qual arrancou o documento das mão de Aureliana.
No topo da folha, em destaque: "PROPOSTA DE TRANSFERÊNCIA COM AJUDA DE CUSTOS.  Data: 08 de agosto de 2014. Prazo para resposta: 08 de setembro de 2014. Após essa data fica anulada a proposta e consideraremos a possibilidade de outra pessoa assumir a oferta".
Severino Baptista, olhos esbugalhados, olhou para o relógio Tissot e viu no calendário a data "07 de novembro de 2014".
Deu um empurrão na secretária, fechou a porta da sala e ajoelhou-se, catando folha por folha de todos os documentos espalhados.
Amontou-os sobre a mesa, pegou o telefone e berrou um chamado: "Aqui é o Baptista, da Coordenação. Manda um servente aqui com a tarefa de arrancar todas as gavetas da minha mesa. Não quero um gaveta aqui... (breve pausa) Gaveta é uma armadilha!"...
Na manhã seguinte, ainda em choque pela perda da oportunidade, Severino Baptista passou pelo corredor sob os olhares debochados dos colegas de serviço. Foi quando um office boy recém admitido fez a única pergunta que não deveria ter feito: "O senhor é o homem que engavetava?"...
Severino Baptista, adentrando sua sala, tentou fechar a porta rapidamente. Esqueceu-se de retirar a mão da beirada da porta.
Espremeu o dedo.
Correu para a mesa, buscando uma gaveta para enfiar a cara e abafar o grito.
Todos escutaram o grito, ecoando pelo corredor. Já não haviam gavetas em sua mesa...

Moral da história: Engavetar pode ser perigoso; até para quem adora engavetar...
Recomendação: Muitas vezes oportunidades para crescimento ficam engavetadas, por causa de muitos Severinos Baptistas da vida... Só que, um dia, a casa cai. Ou melhor, a porta espreme o dedo...

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

UM DEDO DE PROSA PODE SALVAR SUA VIDA!

Aderimos à campanha de conscientização quanto à importância de os homens na faixa etária acima dos 40 anos se precouparem em cuidar da saúde.
Reproduzimos, aqui, o banner postado em apoio à Campanha Novembro Azul.
O câncer de próstata é uma das doenças que mais causam mortes em pessoas do sexo masculino. Apoio: Canal39