quinta-feira, 22 de maio de 2014

COZINHANDO O PAPO NO PAÍS DA COPA

Nos tempos de juventude, faz algum tempo isso, nosso grupo de amigos sempre criava um bordão (slogan) para definir algo entre o pessoal.
Na Praça Monsenhor Marcondes, depois das aulas no Instituto de Educação, o pessoal juntava uns trocados, comprava pães na Padaria San Martin (entrando pelo corredor do salão de fabricação, pois a loja já estava fechada), comprava mortadela no Bar do Arthur e tomava assento nos bancos da praça, para cozinhar o papo.
Isso, quando a PV (Patrulha Volante, do Exército) não dava suas incertas, assustando todo mundo que era estudante. Eram os tempos da revolução.
Cozinhando o papo daqui e dali, de repente surgiu a ideia de se brincar de "Discoteca do Chacrinha".
Imediatamente apareceu um violão, um afoxé, um pandeiro e até uma gaita de boca.
A moçada cantava um tudo de pouco, ou um pouco de tudo.
Havia quem balbuciava o "Al di la" (do filme Candelabro Italiano), enquanto outro arriscava o Twist and Shout, que muitos imaginam ser sucesso original dos Beatles. Na verdade, a gravação original foi do The Topnotes.
João Socó, muitas vezes, nos brindava com pinceladas da MPB, como Zazueira, Cadê Tereza...
Numa daquelas noites, o rapaz apareceu com um samba romântico do Wilson Simonal. Era o Samba do Mug.
Para comprovar que era gravação do Simona, Socomonal, como era chamado pelo pessoal, levou até o long play que continha, na capa, o Wilson com o Mug.
Mug, uma sacada e marketing da época, seria um bonequinho até muito simpático, amuleto da sorte.
Assim como Simonal, Chico Buarque atribui ao Mug a sorte de uma de suas músicas, a Banda.
Mas faltou planejamento e o bichinho caiu no ostracismo. Tiveram pouca sorte os dois artistas, apesar de terem vendido alguns bonecos no tamanho original, mais ou menos 40cm de altura.
Gordinho, olhos arregalados, calça xadrez e cabelos vermelhos, confeccionado em feltro e tecido, Mug ganhou miniaturas em formato de chaveiro ou um pouco maiores.
Cheguei a ter um chaveiro, presente de uma amiga de escola.
O Mug samba também não fluiu, escorregou das agulhas das picapes e ficou apenas na matéria dos vinis da época.
Engraçado que, depois de muito tempo, encontrei em meus arquivos de imagens uma foto do Mug.
Recentemente, também, encontrei-me com João Socó, fazendo festa na praia que conhece. Estava na Festa Italiana de Quiririm, atuando como baixista da Rose Star Band, onde também trabalha o Paulinho de Castro.
Perceberam como cozinhamos o papo até agora?
Tomei a liberdade de postar a foto do Mug Original, uma foto atual do João Socó e a versão Copa do Mundo do Mug.
Vai que, agora, dá certo...
João Socó

quarta-feira, 14 de maio de 2014

TRIBUTO A MARTIN LUTHER KING (WILSON SIMONAL CANTANDO)

PARA MATAR SAUDADES E, AO MESMO TEMPO, MEDITAR A RESPEITO DO TEMA.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Contradições de Lobato

 Algumas vezes os planejadores de campanhas eleitorais chegam a dar trombadas na própria falta de criatividade.
Pior, ainda, quando o candidato aprova essa falta de criatividade.
Querem um exemplo?

Nos últimos dias andaram distribuindo uns panfletos contendo material de propaganda do padre Afonso Lobato.

O político é do PV – Partido Verde, cuja base institucional é combater a poluição e promover a preservação ambiental.

Primeira contradição:
O folheto, impresso em papel, podia ser encontrado em inúmeras caixas de correio, frestas de muros, bocas de lobo (principalmente). Poluição pura...

Na publicação, uma frase buscava captar a atenção do suposto leitor para algo como “o que padre Afonso já fez por Pindamonhangaba”.
Essa já é a segunda contradição, pois se ele fez o bem, não deveria olhar a quem e, muito menos, não deveria reivindicar aplausos ou reconhecimento. Afinal, ele mesmo prega (ou pregava...) esse preceito católico.

A terceira aberração contraditória é o fato de o mesmo reivindicar para si alguma vantagem auferida pelo município, decorrente de verbas estaduais ou federais.
Ora bolas!
O dinheiro não saiu dos bolsos, ou da conta, dele...
Contradições de Lobato...